terça-feira, 12 de abril de 2011

Quando o cristão se torna apenas mais um...

O problema quando um cristão se torna apenas mais um no meio do povo, não se distingue, apenas segue. Pode parecer egocentrismo, mas não. Trata-se de ter a consciência do que vive em você e da obra que Ele fez, está fazendo e fará na sua vida.

Se realmente há um Espírito Santo vivendo em mim, eu deveria ser várias coisas, mas "mais um na multidão" não é uma delas. Por muito tempo tentei passar a imagem de um "cristão não chato", tentei não espalhar as rodinhas ou ser rotulado. O que me levou a muitas vezes compactuar e concordar com coisas que Deus condena. Aprendi que, se realmente quero ser um cristão verdadeiro, é inevitável passar por chato inúmeras vezes e outras tantas ter de dizer, como John Piper: "Suas opiniões ultrajantes não se baseiam na verdade."

Se há um Espírito dentro de mim, Ele não permite que eu seja mais um, mas opera e me chama a agir, me levantar e brilhar. Mas quão preciosa é transformção que este Espírito opera simultaneamente ao desejo de aparecer: o desejo de se humilhar. O que para o homem carnal soa como absurdo, para o homem espiritual carrega o sentido de sua vida. Brilhar para que outro apareça; gritar para que escutem a voz de outro; chorar para que as lágrimas de outros sejam enxugadas; sacrificar-se para que o sacrifício de outro seja lembrado, glorificado e adorado.

Se o Espírito Santo opera algo em nós, Ele tem um e apenas um objetivo que é o contrário de nos tornar mais um na multidão. Mas seu objetivo é nos tornar mais um como Cristo. Nos unindo ao Próprio e aos santos do passado. Que maravilhosa companhia! Quão sábias são as palavras das Escrituras: "as más companhias estragam os bons costumes."

O problema de o cristão se tornar mais um no meio da multidão é que ele perde o gosto, não salga mais. E se o sal perder o gosto, de que servirá, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens? Ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo da mesa.

Oh sal da terra, levantemos para salgar o mundo, não sendo mais mais um na multidão, mas nos levantando para brilhar a luz de Cristo no mundo. Não temamos o homem, que pode apenas tirar nossas vidas terrenas, temamos Aquele que é capaz de jogar-nos na morte eterna e, nós merecendo isto, nos estende a mão como único ca inho para salvação, única verdade absoluta e única oportunidade de verdadeira vida.

"Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus."

Mateus 5:13-16

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Glorificar a Deus "no" nosso corpo

"Por que fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo."

1 Coríntios 6:20
Talvez isso seja apenas uma questão de tradução grego - português, mas acho que a expressão "no vosso corpo" traz um sentido mais profundo do que "com vosso corpo".
Lendo este versículo na versão Almeida Revista e Atualizada, começo a enxergar de uma maneira um pouco diferente. Sempre pensei em glorificar a Deus com meu corpo como algo externo, do tipo: manter meu corpo saudável, não vestir roupas que provocassem maus pensamentos nos outros, usar minhas forças para ajudar os outros, fazer boas obras, ajudar os pobres, etc. Mas quando me deparei com a preposição "no" (corrijam-me se minha análise gramatical estiver errada), percebi algo mais interno.
Não que as coisas que listei anteriormente não glorificam a Deus ou sejam erradas. Pelo contrário, todas elas são deveres do cristão e a maioria faz parte do amar o próximo como a si mesmo. Mas deixando de pensar em "com" e pensando em "no", olhando ainda para o contexto do capítulo, creio que Paulo falava algo sobre o Espírito Santo em nós e a batalha entre Ele e a nossa carne.
Deus é glorificado no nosso corpo quando nos enchemos do Espírito Santo. "E não vos embriagueis com o vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito." (Ef 5:18) Paulo falava de como nós não pertencemos a nós mesmos, de que somos templos do Espírito Santo. Logo, Deus é glorificado no nosso corpo quando nos esvaziamos de nós mesmos e nos enchemos do Espírito e nos deixamos conduzir por Ele.
Acho que é implícito no esvaziar-se de si mesmo, mas acho importante destacar. Deus é glorificado no nosso corpo quando negamos as vontades de nossa carne para satisfazer a vontade divina. "Por que a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne..." (Gl 5:17) O povo de Corinto acredita que, assim como saciar a sede é uma necessidade do corpo, fazer alopradamente com qualquer um também era. Paulo contraria isso dizendo que a imoralidade sexual era pecado e que eles não deveriam fazer tais coisas. Não era uma necessidade, mas sim uma obra da carne (Gl 5:19)
Deus também é glorificado no nosso corpo em nosso corpo quando pensamos em "tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo que é de boa fama." (Fp 4:8) Quando temos a nossa mente transformada na mente de Cristo, Deus é glorificado em nosso corpo. Como é difícil para nós, jovens cristãos, manter nossos pensamentos puros. Diante de tamanho bombardeio de imagens, devemos clamar por misericóridia a Deus, por uma renovação de mente (Rm 12:2) na mente de Cristo, devemos fugir das tentações (2 Tm 2:22), sujeitar-nos a Deus e resistir ao diabo (Tg 4:7) e lutar com todas as nossas forças contra o pecado (Hb 12:4)
Como diz John Piper, devemos fazer uma guerra contra nós mesmo, contra nossas vontades pecaminosas e desejos egoístas. E assim, toda vez que o Espírito se sobrepor à carne, Deus será glorificado no nosso corpo.
Creio que Deus se importa mais com as transformações internas do que com as externas. Qualquer um pode se fingir cristão, mas poucos tem seus corações regenerados e lavados pelo sangue de Jesus Cristo. Fora que transformações internas sempre resultarão em externas, agora, o inverso não é verdadeiro.
Talvez você leia e pense que isso é uma coisa básica em nossa fé, e realmente é. Porém é fácil esquecermos que o que Deus realmente quer é que tenhamos um relacionamento verdadeiro com Ele. Tantas vezes tenho agido como fariseu, julgando e sendo hipócrita, e faço isso sem perceber. Graças a Deus pelo Espírito Santo que mostra o pecado para que nos arrependamos. Parece que as coisas que esquecemos são as mais básicas e essências à nossa fé, amar o próximo como a nós mesmo, Deus acima de todas as coisas. Paul Washer bem diz que se conhecêssemos verdadeiramente o Evangelho, não viveríamos da maneira como vivemos.
Que Deus tenha misericórdia de nós e nos ajude neste combate da fé. Venceremos, não por nossas forças, mas pelo força do Senhor dos exércitos, o Santo Deus. E assim, Seu nome será exaltado e glorificado por toda criação.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

“Venha a nós o Teu Reino” ou “Venham vós ao meu reino”?

Outro dia, um músico amigo foi convidado a se apresentar numa determinada igreja local fora da sua cidade. Acompanhado ao convite veio a instrução de que ele não estaria autorizado a aceitar nenhum outro convite durante aqueles dias naquela cidade, face eles estarem bancando todas as despesas com a sua viagem e hospedagem. Era o aniversário da comunidade e, evidentemente, ele era uma das principais "atrações" do evento juntamente com o pregador também convidado para aqueles dias.

Para aquele músico, mais uma oportunidade de expressar a sua arte, expressão pessoal de adoração ao Pai e de ministração aos homens, além de levantar talvez parte do seu sustento financeiro com a venda do seu material disponibilizado.

Para aquela igreja, uma oportunidade ímpar de ser abençoada com a presença daquele irmão, cuja arte repleta de conteúdo poético bíblico e qualidade musical se traduz em consolo, encorajamento, reflexão e edificação - verdadeiros veículos de ministração do Espírito.

Mas, e quanto a instrução de não aceitar nenhum outro convite enquanto estivesse naquela cidade? Vale a pena pensarmos! Seria necessária tal instrução? Não seria antiético o músico assumir outro compromisso? E se alguém o convidasse por meio da própria igreja? Seria aquele músico propriedade daquela igreja durante aquele período? Seria o dinheiro fator determinante para tal questão? O que seria ético? O que seria profissional? O que seria bíblico? O que seria evangelho? E se acrescentarmos à história a informação de que ironicamente, aquela igreja local conhecera aquele músico através de uma ida à sua cidade por outra instituição que graciosamente o ofereceu para que cantasse numa das suas programações?

Esse triste fato, que na realidade é quase nada diante de muitas outras "instruções" de bastidores que existem por aí, só nos revela algo muito preocupante, que cada vez mais permeia o chamado "reino de Deus":

Enquanto oramos sincera e reverentemente a oração que diz: "venha a nós o Teu Reino", parece que agimos hipócrita e inconscientemente como se disséssemos: "venham vós ao meu reino". Verbalizamos o desejo pelo "Teu" reino, como quem fala ao Senhor, mas demonstramos o anseio prioritário pelo "nosso reino", como quem age em favor de nosso próprio ego.

O pecado do egocentrismo pode tornar-se tão maléfico a ponto de, sem percebermos, nos encantarmos até com a oração "do Pai nosso" muito mais pela oportunidade nela apresentada do "Teu reino" vir a nós, do que pelas possibilidades sugeridas de santificarmos o nome do Pai, reconhecermos a Sua vontade "tanto na terra quanto nos céus", dividirmos o pão que não é meu, mas nosso, além de perdoarmos os nossos devedores e declararmos que d´Ele "é o reino, o poder e a glória para sempre – Amém!"Parece que a igreja, que existe para promover o "Teu" reino aqui na terra, virou de "cabeça para baixo" (ou de "ponta a cabeça") e passou a praticar um outro reino, mais "nosso" do que "Teu", e porque não observar, cada vez mais diluído em vários outros "nossos reinos" com os nossos nomes, nossas doutrinas, nossos membros, nossos patrimônios, nossas estruturas, nossos programas, nossos ministérios, nossos arraiais, nossos valores, nossas visões, etc. etc. etc.

O efeito do egocentrismo em nós se evidencia para além do âmbito pessoal, alcançando a coletividade, a ponto de, como igreja, passarmos a valorizar, absorver e desenvolvermos métodos, crenças e práticas que, embora aparentemente saudáveis aos nossos próprios olhos, certamente são abomináveis para Deus. Mas será que conseguimos enxergar tal fato? Creio que vale a pena refletir! Se atentarmos cuidadosamente, encontraremos esse mal enraizado em muitas outras práticas cotidianas da vida da igreja:

· Estaríamos dispostos a evangelizar para que os convertidos fossem para outras denominações ou comunidades? (as paraeclesiásticas interdenominacionais faziam isso muito bem, melhor do que as paraeclesiásticas denominacionais).

· Realizaríamos batismos dos convertidos a Cristo sem que eles viessem a participar da nossa comunidade ou do nosso rol de membros?

· Aceitaríamos facilmente, por amor, aqueles que discordam da nossa doutrina? · Dedicaríamos tempo ao ensino e à edificação dos santos se aqueles que aprendem não assumissem posturas de acordo com o padrão ou estereótipo de um cristão que estabelecemos e aceitamos? E se não revelassem entendimento de acordo com as doutrinas que adotamos e concordamos?

· Desenvolveríamos ministério com aqueles que não concordam cem por cento com a nossa visão?· Enviaríamos missionários para outros locais sem que eles se apresentassem em nome da nossa instituição e se não compartilhassem dos nossos métodos?

· Estaríamos dispostos a ofertar financeiramente sem condicionar as nossas ofertas à utilização dos recursos de acordo com as nossas preferências?

Fica a impressão de que os ensinos de Jesus, "que não veio para ser servido, mas para servir (Mt.20:28), se obedecidos, nos levam a responder afirmativamente a todas essas questões, pois "é mais feliz quem dá do que quem recebe" (Atos 20:35), "quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que sirva" (Mt.20:27), "se alguém quer ser o primeiro, deve ficar em último lugar e servir a todos" (Mc.9:35), ...o maior entre vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Pois no meio de vós eu sou como quem serve." (Lc.22:26b,27).

Augusto Guedes

Fonte: http://www.cristianismocriativo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=648&Itemid=31

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cristão ou Calvinista

Nós somos cristãos. Seres radicais, de sangue puro, saturados de Bíblia, exaltadores de Cristo e centrados em Deus. Nós avançamos com missões, ganhamos almas, amamos a igreja, buscamos a santidade e saboreamos a soberania. Somos completamente embriagados pela graça, quebrantados de coração e felizes seguidores do Cristo onipotente crucificado. Pelo menos esse é o nosso compromisso imperfeito.

Em outras palavras, somos calvinistas, mas esse rótulo não é nem um pouco útil para dizer às pessoas no que você realmente acredita! Então esqueça o rótulo, se isso ajudar, e diga a elas claramente, sem evasivas e sem ambiguidade, o que você acredita a respeito da salvação.

Se eles disserem “Você é um calvinista?” diga “Você decide. É nisso aqui que eu creio…”

Eu creio que sou tão espiritualmente corrupto e orgulhoso e rebelde que eu nunca teria vindo à fé em Jesus sem a misericordiosa e soberana vitória de Deus sobre os últimos vestígios da minha rebelião. (1 Coríntios 2:14; Efésios 3:1-4; Romanos 8:7)

Eu creio que Deus me escolheu antes da fundação do mundo para ser seu filho, sem basear essa escolha em nada que pudesse haver em mim no presente ou no futuro. (Efésios 1:4-6; Atos 13:48; Romanos 8:29-30; Romanos 11:5-7)

Creio que Cristo morreu como um substituto dos pecadores para, de boa fé, oferecer salvação a todas as pessoas. Creio que ele teve um plano invencível em sua morte para obter sua noiva escolhida, a saber, a assembléia de todos os crentes, cujos nomes foram eternamente escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto. (João 3:16; João 10:15; Efésios 5:25; Apocalipse 13:8)

Quando eu estava morto em minhas transgressões, e cego para a beleza de Cristo, Deus me tornou vivo, abriu os olhos do meu coração, me deu a capacidade de crer e me uniu a Jesus, com todos os benefícios do perdão e da justificação e da vida eterna (Efésios 2:4-5; 2 Coríntios 4:6; Filipenses 2:29; Efésios 2:8-9; Atos 16:14; Efésios 1:7; Filipenses 3:9)

Estou eternamente seguro não por causa de qualquer coisa que eu tenha feito no passado, mas decisivamente porque Deus é fiel para completar a obra que ele começou – sustentar minha fé e me manter longe da apostasia, e me afastar do pecado que leva à morte (1 Coríntios 1:8-9; 1 Tessalonicenses 5:23-24; Filipenses 1:6; 1 Pedro 1:5; Judas 25; João 10:28-29; 1 João 5:16)

Chame do jeito que você quiser, isso é minha vida. Eu acredito nisso porque eu vejo isso na Bíblia. E porque eu experimentei isso. Louvor eterno à grandeza da glória da graça de Deus!

John Piper

Traduzido por Daniel TC | iPródigo |


sábado, 22 de janeiro de 2011

A Bela Monotonia do Evangelho

Um temor que devemos deixar de lado em nossa busca por uma centralidade maior do Evangelho é de que o Evangelho não poderá ser pregado semana a semana. O inimigo e nossa própria carne testarão nosso compromisso com “palavras persuasivas” (Cl 2.4) de que o Evangelho soará como uma nota só. Somos tentados a pensar que a repetição tem o efeito indesejável de entediar as pessoas ou de fazer o Evangelho parecer rotineiro e um lugar comum.

Mas o Evangelho é resiliente. É miraculosamente versátil. Prova isso todos os dias para aqueles que são despertados para ele. Pois é o antídoto para todos os pecados de todos os povos, poder eficaz para todos os tipos de pessoas, não importa seu contexto ou circunstância, é o poder de Deus para salvar em todo milissegundo e, portanto, em todo domingo.

Na verdade, o Evangelho é uma canção. Mas é uma canção com muitas notas. A notícia é a mesma, mas algumas das palavras podem mudar e os ângulos se alteram. (Use o dicionário se precisar). Se despertamos para o Evangelho e procuramos que outros, cristãos e não-cristãos, despertem, cada execução da maior das canções será parecida com a admiração infantil em uma monótona diversão. Em Ortodoxia, o grande G.K. Chesterton escreve:

"Pelo fato de as crianças terem uma vitalidade abun­dante, elas são espiritualmente impetuosas e livres; por isso querem coisas repetidas, inalteradas. Elas sempre dizem: “Vamos de novo”; e o adulto faz de novo até quase morrer de cansaço. Pois os adultos não são fortes o suficiente para exultar na monotonia. Mas talvez Deus seja forte o suficiente para exultar na monotonia. E possível que Deus todas as manhãs diga ao sol: “Vamos de novo”; e todas as noites à lua: “Vamos de novo”. Talvez não seja uma necessidade automática que torna todas as margaridas iguais; pode ser que Deus crie todas as margaridas separadamente, mas nunca se canse de criá-las. Pode ser que ele tenha um eterno apetite de criança; pois nós pecamos e ficamos velhos, e nosso Pai é mais jovem do que nós."

Quando entendemos o Evangelho como ele realmente é – o poder pra salvar, as notícias mais emocionantes que poderiam existir, a declaração de que o Filho de Deus morreu por nós e então voltou a vida! para ser o Senhor ressurreto e o supremo Rei do Universo, não apenas uma entrada grátis para o céu, mas o valor de tudo na vida… nos deleitamos na nova criação que o Evangelho liberta a cada momento. Nunca nos cansamos de ouvir isso. É a nova canção que nunca fica velha. “Mais uma vez, mais uma vez”, nós clamamos.

O Evangelho desperta pessoas que recebem força suficiente para exultar na bela monotonia do Evangelho.

A boa notícia é que aqueles que têm seus sentidos embotados não mais estarão entorpecidos por meio do Evangelho. De fato, somente o Evangelho pode libertá-los de seu estado de embotamento. Nenhuma quantidade de fumaça e lasers o fará.

Por isso estou disposto a pregar o evangelho… – Romanos 1.15

Orem também por mim, para que, quando eu falar, seja-me dada a mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido o mistério do evangelho – Efésios 6.19

Traduzido por Josaías Jr. iPródigo original aqui
Texto retirado de iprodigo.com
Original de Jared C. Wilson

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ao Deitar-me...

Quem nunca pensou no dia, como foi e o que foi feito, ou até mesmo na vida inteira no momento em que encosta a nuca no travesseiro depois de um dia de trabalho? Imagens vêm à mente, arrependimentos surgem, alegrias renovadas, detalhes descobertos e passamos nossas vidas a limpo em 15 minutos na cama. É incrível, e isso me surpreendeu, como isso é um hábito comum entre as pessoas, cristãos ou não, e começo a pensar que isso é algo que recaí sobre o homem devido a graça comum de Deus.

"Irai-vos e não pequeis; consultai no travesseiro o coração e sossegai."

Salmo 4:4
Começo a ver a importância desse costume, já que, em minha experiência, são nesses momentos que nos colocamos mais abertos a ação de convencimento do pecado, do juízo e da justiça operado pelo Espírito Santo, visto que estamos revisando nossas ações.
Não consigo imaginar a inquietação de uma pessoa que não se relaciona com Jesus Cristo ao repassar seus mais terríveis erros e frustrações e que não existe saída para eles. Creio que por isso o justo conseguirá dormir tranquilamente, já que ele foi lavado pelo sangue do Cordeiro e sobre ele não há mais condenação. Ele não se apresenta perante Deus com sua justiça própria, mas com a justiça de Outro, que foi perfeitamente santo e perfeito na Terra, e esse outro é o Senhor Jesus Cristo.
Se queremos ver crescimento na graça em nossas vidas, e creio que este é o desejo de todo cristão verdadeiro, devemos passor nossas vidas a limpo e um excelente momento para isso é o momento anterior ao sono. Se Paulo fala que devemos nos examinar antes de tomar a ceia, acho que ele também concordaria que não é só nesse momento que devemos fazê-lo.
Esta noite, encoste a cabeça no travesseiro e perca a conta das bençãos do Senhor sobre a sua vida, medite na Palavra, revise as intenções de seu coração, clame por misericórida, peça a mente de Cristo, exalte o Autor e Consumador da sua fé e ore por mim, Daniel, por que eu preciso muito :)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Plano da Salvação - 5 de 5

5. (mindinho) “E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna.” 1 João 2:25

Como João 3:16 diz, para que todo aquele que Nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna. Você consegue perceber que o sacrifício de Jesus veio cumprir o objetivo de Deus ao criar o homem? A morte e ressurreição de Jesus criou uma ponte no que antes era um abismo para chegarmos a Deus. E esse objetivo será completo, quando no céu, O encontramos “face a face”.

Essa vida eterna começa aqui na Terra com a alegria da salvação, com a satisfação de saber que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, com a leveza de saber que todas essas coisas aqui na Terra passarão e virarão pó. Mas o principal ponto da vida eterna aqui, é que podemos conhecer a Deus a partir de agora.

Muitas pessoas se perguntam como será no céu. Será que não ficaremos intediados? Tem gente que acha que vai ficar jogando bola no céu com Jesus, ou que vai ter um monte de mulher bonita pra ficar te servindo. Apesar de tudo isso, as pessoas não sabem muito ao certo o que terá no céu. Se você perguntar pra qualquer amigo seu se ele quer ir para o céu, ele vai responder: “É claro que sim!”. O único problema é que essas pessoas querem ir para o céu, mas não querem que Deus esteja lá. Vamos ver o que a Palavra no diz sobre o que é a vida eterna: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” (Jo 17:3).


Paul Washer diz assim: Imagine que nós estamos entrando no céu e encontramos Jesus e nós O vemos com uma glória que nunca havíamos visto aqui na Terra, nós nos prostamos e O adoramos. Então imagine que no céu haja dia e noite, o que não vai haver pois a Palavra assim o diz, mas imagine. Então nós vamos dormir e no dia seguinte acordamos. Quando levantamos, nos encontramos com Jesus e percebemos que Ele está muito mais glorioso do que no dia anterior, nós contemplamos mais do Seu amor, então nós nos prostramos e O adoramos, até a hora de dormirmos de novo. E o dia seguinte é a mesma coisa, pois a cada dia conhecemos um novo aspecto da grandeza de Deus, do Seu amor, da Sua Santidade, da Sua justiça, da Sua bondade. E como Deus é infinito, isso durará toda a eternidade, nós o adorando pois Ele é o que é.

Agora me diga uma coisa, uma pessoa que não tem prazer em conhecer a Deus aqui na Terra, que não tem prazer em orar e ler a Bíblia, em fazer o bem para o próximo e dedicar seu tempo a Deus; será que essa pessoa ficaria feliz no céu? De jeito nenhum! Por isso a vida eterna começa aqui, através da obra do Espírito Santo em nossas vidas, que nos faz amar cada vez mais a Deus, a ter sede da Palavra, a ter vontade de orar, de buscá-Lo, por que isso não vem de nós, é Deus quem coloca nos nossos corações.

“Mas Dani, por que o mindinho?” Você pode me perguntar, “foi o único dedo que sobrou?” Bem... isso também! Mas o mindinho tem um significado também.

“É necessário que ele cresça e que eu diminua.”

João 3:30

Convém que eu diminua e Ele cresça. Para que assim possamos dizer: não mais vivo, mas Cristo vive em mim (Gl 2:20); nova criatura sou, o velho homem já morreu (Gl 6:15); o homem exterior pode se corromper, mas o homem interior se renova a cada dia (2 Co 4:16). A nossa santificação aqui na Terra é a nossa preparação para o céu.

O mundo vem pregar que estamos aqui por acaso, que você é fruto de uma coinscidência, que a sua vida não tem sentido. Mas falado o que foi falado aqui hoje, isso é mentira. Deus é um Deus pessoal, e quando Ele estava lá no início, antes de tudo, Ele já sabia o que aconteceria, Ele sabia que o homem pecaria, que O odiaria e que ficaria longe Dele. Ele poderia ter evitado muitas coisas na história, principalmente ter que enviar o Seu único filho para morrer por você. Mas lá trás, Ele te viu, a cada um de nós, e disse: “Por ele vale a pena.” O Deus infinitamente santo querendo se relacionar com um homem pecador, com um amor que excede nosso entendimento.